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Desde o primeiro dia que conheci Barra Velha, me encantei por ela. Sempre foi meu destino por excelência e algo sempre me puxava para cá. Sei que aqui somos abençoados e tenho a certeza de que é possível com boa vontade e junto com todos que amam essa terra, faremos de nossa cidade um verdadeiro pedaço de céu!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A Segurança Pública de Barra Velha - Depoimentos da Polícia Civil e Militar



Na noite de ontem aconteceu, nas dependências da Câmara Municipal de Barra Velha, uma sessão especial onde as Polícias Civil e Militar se fizeram representar pelos seus comandos, atendendo a um pedido da Câmara por explicações sobre a segurança pública em nosso município.
Pela Polícia Civil, a Delegada Tânia Harada foi a primeira a fazer as colocações e relatando as atuais condições de trabalho e efetivo disponível e como estão os procedimentos adotados em relação ao grande incremento de ocorrências policiais no nosso município. Já é público e notório que o efetivo da Polícia Civil é reduzido, mas apesar disso, houve um grande aumento nas diligências realizadas e também nas detenções e prisões efetuadas. Isso demonstra que a referida instituição está trabalhando muito além da sua capacidade, pois a quantidade de detenções apenas no primeiro semestre de 2013, já ultrapassou a totalidade das detenções efetuadas ao longo de todo o ano de 2012 passado.
Delegada Tânia
Logo após as colocações da Delegada Tânia, a Polícia Militar também iniciou a sua explanação na palavra do Capitão Leandro Geraldino Schappo, comandante da PM em Barra Velha. O Cap. Schappo fez a sua fala pautando no efetivo e nas ações efetuadas ao longo dos últimos meses na cidade, destacando também um incremento nas ocorrências e detenções, frisando que as Polícias Militar e Civil têm trabalhado em conjunto ajudando-se mutuamente nesse objetivo de tentar atender a enorme demanda de trabalho que se apresenta em Barra Velha.
Novamente o Capitão citou o baixo efetivo da Polícia Militar, mas ressaltou que apesar disso a PM tem se desdobrado em resolver as ocorrências apresentadas de forma satisfatória, fato que fica bem claro com o aumento das prisões e ações efetuadas em Barra Velha.
Nota-se claramente que apesar de pouca infraestrutura pessoal e de equipamentos e viaturas a Polícia Militar tem feito seu trabalho de forma bastante eficiente, comprovado pelo número de prisões efetuadas no período.
Capitão Schappo
A fala mais detalhada e pessoal que aconteceu nesta noite foi a do Tenente-Coronel Marco Antônio Otávio, Comandante  do 25° Batalhão da Polícia Militar que atende a 6 cidades da nossa região. O Ten-Cel. Otávio é uma pessoa muito objetiva e clara e após as suas colocações se pôs à disposição para responder às perguntas dos vereadores e também da população em geral. As explicações foram bem claras e objetivas, demonstrando que a questão da criminalidade  é um problema a ser resolvido com a união de Poder Público, Polícias e sociedade em geral.
Nesse assunto todo ficou bem claro que apesar das polícias serem sempre cobradas de suas responsabilidades, nem sempre os problemas da criminalidade são de responsabilidade delas, mas sim do poder público executivo, legislativo e judiciário, bem com o a população em geral que tem a suas responsabilidades, mas se exime delas.
Tenente Coronel Otávio
Só para exemplificar: a grande maioria das prisões e detenções acabam sendo afrouxadas pelo judiciário, evidenciando um grave problema na aplicação das leis, seja realmente aplicando a lei ou seja não diminuindo o trabalho das polícias quando da soltura indiscriminada de delinquentes e bandidos infratores. Não adianta as Polícias fazerem um trabalho adequado de prisões e logo após alguns dias a justiça permitir a soltura dos criminosos, alegando qualquer desculpa que seja. As desculpas mais recorrentes têm sido a superlotação do sistema carcerário ou então a falsa minimização dos crimes/delitos praticados. Simplificando, já se tornou um péssimo hábito a soltura de infratores que cometeram arrombamentos, pequenos furtos, transporte e consumo de entorpecentes entre outros crimes. Esse vício de não dar a devida importância a "pequenos crimes" ou "pequenos criminosos", está a produzir  a sensação de impunidade e também transforma o pequeno criminoso num grande criminoso que apesar de longa ficha criminal, sabe que não será punido e aos poucos vira um bandido perigoso, amparado na frouxidão da aplicação das leis.

Vê-se claramente a falta de vontade do Estado como um todo em gerir o problema, sempre empurrando a responsabilidade da segurança pública para qualquer outro foco. A responsabilidade é do estado e é garantida pela Constituição Federal no seu artigo 144, onde diz claramente: "  ... dever do Estado e direito  todos..."!  Essa falta de responsabilidade do Estado é evidenciado pela pouca estrutura oferecida às Polícias, o desrespeito as polícias em geral como pagamento de salários baixos, capacitações ineficientes, equipamentos obsoletos e restrição deles, entre muitas outras falhas apresentadas. O Estado também tem outra parcela grande de culpa na falência da segurança pública quando o Poder Legislativo, em qualquer esfera, seja federal, estadual ou municipal, se exime de fazer ou melhorar as leis que inibam a criminalidade e valorizem as polícias.
O que mais se vê são leis estapafúrdias que aumentam os "direitos" dos criminosos e inibem o cidadão de bem que se vê coibido do seu direito de ir e vir enquanto criminosos confessos e conhecidos tem toda a liberdade de fazerem o que querem!

URGENTE se faz uma mudança nas leis para que o cidadão de bem seja beneficiado, e entre eles também a polícia que com o passar dos tempos está perdendo sua credibilidade  para um sistema judiciário arcaico e incapaz de diminuir a incidência de delitos e crimes em geral. Não adianta a polícia prender e o juiz soltar alguns dias depois! A frustração das polícias se vê todos os dias quando logo após uma prisão, o marginal em pouco tempo retorna as ruas para delinquir!!  Essa constatação que todos já sabiam ficou bem clara nas palavras dos Policiais Militares e Civis que fizeram do uso da palavra nesta sessão a qual estivemos presentes. Tanto o Ten-Cel. Otávio, quanto o Cap. Schappo ou a Del. Tânia foram bem claros e demonstraram com documentos  que eles estão trabalhando arduamente para cumprir suas metas e funções, mas que sem a ajuda do judiciário ou do legislativo pouco vai melhorar o cenário apresentado pela criminalidade. Chega de empurrar os problemas adiante! Nossos juízes tem por obrigação  manter presos os criminosos, acabando com aquela conversa mole de dar direitos a bandidos, e nossos vereadores e deputados já passaram da hora de fazer as leis para proteger o cidadão de bem e não o marginal que ri da sociedade, pois sabe que está impune!!

Só para finalizar, enquanto a sociedade, família, não educar seus filhos com disciplina e correção desde os primeiros dias, fatalmente essas crianças criadas sem regras se tornarão potenciais delinquentes e mais adiante, criminosos. A responsabilidade começa em casa, na família, com educação, limites e normas, e quem não as cumpre deve sim ser punido para que possamos evitar de no futuro próximo termos ainda mais bandidos entre nós!!

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