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Desde o primeiro dia que conheci Barra Velha, me encantei por ela. Sempre foi meu destino por excelência e algo sempre me puxava para cá. Sei que aqui somos abençoados e tenho a certeza de que é possível com boa vontade e junto com todos que amam essa terra, faremos de nossa cidade um verdadeiro pedaço de céu!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Escola David Pedro Espíndola - A Novela Continua


Nos últimos anos temos acompanhado atentamente o desenrolar dos problemas e do descaso com que vem sendo tratada a Escola David Pedro Espíndola em nossa cidade. Entra ano, sai ano, a situação só piora e de maneira sorrateira os problemas se avolumam e vão sendo postergados e "empurrados para debaixo do tapete"!
Nesta semana reuni-me novamente com a diretora do estabelecimento, Elizabeth Nunes Barcelos Giuradelli, junto com ela percorremos a escola para ver seu estado de conservação enquanto conversávamos. A situação da escola é lamentável e só não é pior pela abnegação de professores e funcionários que de forma espontânea tentam minimizar os inúmeros problemas que se apresentam.
Desde o ano de 2008, a escola está apresentando sérios problemas construtivos. O pior é que ela foi reformada por diversas vezes, mas sem critérios e nem qualidade necessária ao seu correto funcionamento. No ano de 2006, o Ginásio de Esportes João Luzia D. Ribeiro foi construído e entregue para a comunidade usar, mas logo em agosto de 2008, após uma ventania, ele foi interditado pela primeira vez! Daí em diante, sucederam-se liberações e interdições, uma após a outra,  sem nenhuma apresentação de laudos técnicos que justificassem essas ações, sendo elas baseadas apenas em avaliações visuais.
Placa de Inauguração do Ginásio da Escola David Pedro Espíndola
Situação das vigas e telhado
Parede dos fundos com inclinação e escoramento comprometidos

Piso do ginásio apresentando problemas nas arquibancadas
Ginásio interditado e abandonado
Outra aberração é a questão da caixa d'água da escola! Ela apresenta inúmeras e aparentes rachaduras na estrutura de concreto evidenciando sérios problemas estruturais. No entanto, após a correta interdição do seu entorno com tapumes e solicitação de urgente saneamento dos problemas apresentados, ela novamente será liberada nos próximos dias conforme averiguamos, mas sem que fosse executado um trabalho consistente e definitivo na sua estrutura de sustentação. Afirmamos isso pelo simples fato de ter sido recomendada a redução da capacidade volumétrica de 10.000 litros, que é a capacidade nominal da caixa d'água, para 5.000 litros agora já não recomenda a obra executada.  Essa recomendação partiu da própria SDR (Secretaria de Desenvolvimento Regional-Joinville), e foi referendada pela Defesa Civil de Barra Velha, ao entender que é necessária a redução da capacidade e consequentemente do peso da água sobre a estrutura de concreto, vê-se claramente que a própria SDR concorda que a estrutura está comprometida, não mais sendo confiável para as funções que foi projetada e construída.
Rachaduras estruturais da caixa d'água


Caixa d'água isolada por tapumes por não apresentar segurança
A questão da instalação elétrica da Escola David não é melhor e apesar da instalação de aparelhos de ar condicionado para os alunos e professores, estes equipamentos não podem ser ligados, pois a rede elétrica não suporta a carga demandada. Da mesma forma, a sala de informática. A escola possui um ótimo espaço físico para atividades e aulas de informática, mas estas não podem acontecer por motivo da rede elétrica não ser confiável, podendo danificar os equipamentos ali instalados, coisa que já aconteceu. Ninguém habilitado da Secretaria de Educação Estadual fez um cálculo ou projeto da questão elétrica da escola, privilegiando a segurança tanto dos usuários quando dos próprios equipamentos. Esses descasos produziram este enorme problema a ser solucionado na Escola Estadual David Pedro Espíndola, visto que por ordem judicial, os espaços citados não poderão ser utilizados enquanto não for dada uma solução definitiva aos problemas.

Equipamentos danificados
Sala de informática sem utilização
No dia 25 de abril de 2013,  a Exma. Juíza da Comarca de Barra Velha, Dra. Joana Ribeiro Zimmer, proferiu Decisão Interlocutória, no qual fixa o prazo de 30 dias para o Estado de Santa Catarina juntar relatório subscrito por Engenheiro Eletricista atestando a capacidade elétrica da Escola com cálculos de carga de todos os equipamentos elétricos. No mesmo despacho mantém o prazo de 60 dias para a solução definitiva da caixa d'água e altera para 180 dias para o término das obras e consequente liberação do Ginásio de Esportes. O prazo para apresentação do Laudo Elétrico já expirou e nada foi feito e o recorrente problema do ginásio também não teve nenhuma ação concreta até a data de hoje para ao menos ter um projeto apresentado que solucione as necessidades da comunidade e da escola. Enquanto isso, conforme foi averiguado, a responsabilidade pelos problemas do Ginásio ficam sendo jogados de um lado para outro, alternando-se a empresa que construiu a edificação e a SDR que contratou o serviço executado. Uma grande vergonha para o Estado de Santa Catarina que não se responsabiliza pela qualidade nem pelo acompanhamento pós realização de obras executadas com recursos públicos e destinadas para o público, principalmente em se tratando de estabelecimentos escolares!
Ginásio de Esportes interditado
                                           

A "Novela" David continua,e quem sempre são os maiores prejudicados são os usuários do estabelecimento, primordialmente alunos, professores e funcionários, que frequentando o local nunca tem a certeza do que acontecerá com as instalações físicas da instituição. É uma verdadeira incógnita, pois com o atual cenário descortinado, as instalações podem simplesmente ruir ou incendiar-se, pois se vê claramente fiações, instalações e construções sendo consertadas de forma superficial e sem critérios técnicos rígidos! A própria aparência de desleixo da escola na forma de falta de acabamento, calhas, pinturas, instalações externas, bancos externos, bem como horta, campo de esportes ao ar livre, demonstra o descompromisso do Estado com a educação nessa instituição. Volto a repetir: a responsabilidade é do Governo Estadual e não dos funcionários que lá trabalham. O cuidado e manutenção de uma escola têm que ser feito continuamente, pois o fluxo e movimentação de pessoas e alunos é muito grande causando um natural desgaste e consequentes quebras. Enquanto a questão educacional, focada aqui na estrutura física de uma escola, não for respeitada e valorizada, pouco temos a esperar que a qualidade de ensino melhore. Pessoas respeitadas e felizes nos seus ambientes, seja de trabalho ou estudo, tendem a render e produzir mais para si e para todos que estão a sua volta.


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