foto

foto
Desde o primeiro dia que conheci Barra Velha, me encantei por ela. Sempre foi meu destino por excelência e algo sempre me puxava para cá. Sei que aqui somos abençoados e tenho a certeza de que é possível com boa vontade e junto com todos que amam essa terra, faremos de nossa cidade um verdadeiro pedaço de céu!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Negociação X Paralisação


Ontem à tarde, a partir das 13h30min, os professores da rede municipal de Barra Velha se concentraram nas dependências da Câmara Municipal da cidade. 
Isto se deve ao fato do oferecimento do espaço pelo Presidente da Casa Legislativa, Nivaldo Ramos, num movimento para se iniciarem as negociações com objetivo de resolver a questão.
Num primeiro contato, o Pref. Claudemir Matias pronunciou-se que não iria dialogar com os professores, o mesmo ocorrendo com a Secretária de Educação, Antonina D. Ramos. 
Isso posto, os manifestantes ocuparam as dependências da Câmara de forma organizada e ficaram esperando um posicionamento oficial do executivo sobre as reivindicações apresentadas.

A intermediação do ocorrido iniciou com a presença do Ver. Fábio Brugnago e do Pres. do Legislativo, Nivaldo Ramos, e um pouco mais tarde, contou também com a participação do Ver. Cezar do Rio Novo. Perto das 15h, a prefeitura mandou para os professores  o decreto de n° 787 de 27 de abril de 2012, com diversas considerações justificando a não concessão da solicitada reposição salarial por entender que as readequações salariais já haviam sido executadas e cumpriam as leis.
Decreto do Prefeito.
Outra alegação apresentada pelo executivo foi que os recursos do FUNDEB haviam diminuído e também havia a vedação de concessão de aumentos em razão do ano eleitoral.

Após isso posto, decretou:  "a ilegalidade da greve dos professores da rede municipal e como consequência autoriza o desconto dos dias não trabalhados e a contratação temporária de professores substitutos."

Tal documento e declaração provocou revolta entre os professores que questionaram a  falta de respeito com a classe, pois além de ser ilegal, segundo o representante, Jossias Coutinho, mostrava um descaso total em nem ao menos o Prefeito ou a Secretária de Educação, virem a público e perante a classe dialogarem para um possível acordo ou negociação.
Jossias apresentando documentação,
Ainda segundo Jossias,  o Prefeito não pode decidir pela ilegalidade da greve, pois isso é atribuição apenas do Juiz, e ainda, segundo Jossias, o prefeito não é "dono da cidade"!!

Os vereadores, então, foram conversar com o Prefeito que como contraproposta ofereceu um abono de aproximadamente  R$ 260,00 para professores do nível I e o não desconto dos dias parados.
A contra-contraproposta dos professores foi então de equiparar o salário Nível I aos R$ 1.451,00 conforme a lei e uma reposição de 10% para todos os outros Níveis.
Ao final da tarde, já perto das 17h, ficou acertado que os professores de Nível I realmente ficariam em R$ 1.451,00 e os demais, de outros Níveis, teriam reposição dos índices de inflação do período que corresponde a aproximadamente 8,30%. Também não serão descontados os dias parados, pois a paralisação não se constituiu em Greve, o que ocorre apenas após 5 dias de paralisação

Os professores reunidos em assembleia decidiram se dirigir ao Fórum da cidade para ingressar com pedido para cumprimento da lei que assegura o pagamento da reposição salarial em sua totalidade num percentual de 22,22 %.
Com isso, foi decidido que a partir de amanhã os professores retornam as suas atividades normais, ficando no aguardo do pronunciamento e posicionamento sobre as suas reivindicações devidamente encaminhadas.

"O que fica claro nesse episódio da paralisação dos professores não é apenas o mérito ou os valores de uma eventual negociação que contentasse ambas as partes. Fica claro que é imperativo que quando algo envolvendo negociação de litígio, o diálogo deve ser usado até sua exaustão para evitar maus julgamentos e opiniões"! "A falta de posicionamento e conversa franca de todas as partes envolvidas produz consequências às vezes mais graves do que o próprio ocorrido, ainda mais quando parte envolvida está no poder público."



Nenhum comentário:

Postar um comentário