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Desde o primeiro dia que conheci Barra Velha, me encantei por ela. Sempre foi meu destino por excelência e algo sempre me puxava para cá. Sei que aqui somos abençoados e tenho a certeza de que é possível com boa vontade e junto com todos que amam essa terra, faremos de nossa cidade um verdadeiro pedaço de céu!

terça-feira, 20 de março de 2012

Minha Raiz em Barra Velha


Desde muito pequeno, tenho vindo regularmente para Barra Velha, isso antes mesmo de frequentar a escola. Naquela época, década de 1960, levava-se muitas horas de Curitiba-Pr. até aquí, pois a BR 101 não era de pista dupla e nem ao menos era asfaltada.

Meu pai não tinha carro, então quando era possível, vinhamos de carona com um amigo dele que tinha uma Kombi ou então no velho Austin do meu tio Teodoro, irmão mais novo de meu pai. Era uma grande aventura, pois vinhamos todos empilhados nos carros, sem cinto de segurança (nem existia) fazendo a maior algazarra. Na divisa dos estados na região de Garuva, havia um Posto Fiscal, onde a polícia nos parava para recomendações e informar as condições da estrada.
Quando estávamos chegando era aquela festa, pois depois de horas de desconforto, nada como uma boa praia para poder correr a vontade.
Poucas fotos tenho dessa época, pois não era muita gente que possuia uma máquina fotográfica, e o processo de revelação e impressão das fotos era demorado e caro. Assim mesmo procurei bastante para encontrar algumas que fazem parte da minha história aqui em Barra Velha.
Não possuíamos casa de praia, pois não tínhamos dinheiro para isso, então sempre ficávamos "de favor" na casa de amigos ou então de barraca, e olhe que não eram essas modernas, mas sim apenas uma lonas grandes de caminhão que eram usadas com esta finalidade. As casas também não tinham energia elétrica (geladeira nem pensar) nem água encanada e para se comprar as coisas só o básico em pequenas vendinhas. O bom mesmo era comprar peixe e camarão sempre fresquinhos e quase de graça, sempre dos pescadores amigos.
Eu com meu irmão na Lagoa de Barra Velha - 1967
O "ponto turístico" da época já era a Lagoa, e eu ficava maravilhado olhando "as pessoas de posse" usando suas lanchas nela. Ficava horas brincando a beira da água com barquinhos e fazendo castelos de areia. Também aprendi com meu pai a pescar com "garrafa", e nem lembro mais qual foi meu primeiro peixe, mas lembro que me divertia muito fingindo ser um pescador experiente.
Aprendendo a pescar com linha de mão.
Vinhamos para praia no máximo uma vez por ano, nas férias escolares, e para mim era um verdadeiro ritual os preparativos para ir para praia, e olhe que não era todo ano, por questões de não ter onde ficar ou não ter dinheiro. Por este motivo eu vivia sonhando em que meu pai pudesse comprar uma casa na praia, fato que nunca se concretizou.

Minha mãe, meu pai e a tal Vemaguete 1960
Desse modo continuamos vindo e ficando de favor na casa de amigos, o que nem sempre era possível, mesmo quando meu pai comprou seu primeiro carro, uma Vemaguete 1960 de duas cores. Depois com o passar do tempo ficamos muitas vezes na casa de um primo do meu pai, que ele havia comprado em Itajuba.
Quando era mais velho e já maior de idade, eu vinha para Barra Velha com amigos, seja para acampar ou emprestar uma casa, mas o interessante é que eu sempre gostei de vir para Santa Catarina, mesmo morando até então em Curitiba no Paraná, e sempre ficava em Itajuba.


Vista de Itajuba-1977(Vejam a esquerda o Cemitério)

Eu no Morro do Cristo em 1978
O passo decisivo que mudou minha vida foi quando estava voltando de lua de mel, vindo do Rio Grande do Sul, nas vésperas do ano novo de 1991, passamos para visitar outro primo de meu pai que havia comprado casa também em Itajuba, e fomos convidados por ele a ficar uns dias. Claro que aceitamos o convite e dalí em diante viramos frequentadores assíduos de Itajuba, vindo em feriados e finais de semana, fato que se tornou tão corriqueiro que chegamos a vir mais de 50 vezes por ano para Barra Velha.  Até que decidimos morar definitivamente aqui pois esses constantes deslocamentos eram cansativos e caros e assim precisamos decidir qual cidade mais gostávamos. Nenhuma dúvida;  Barra Velha foi a escolha! Já em 1996 quando nasceu nosso primeiro filho, decidimos comprar nossa propriedade em Barra Velha, e sabem onde comprei ?  Exatamente ao lado da casa do primo, na antiga Rua 1606 no Loteamento Santa Luzia II em Itajuba, onde construimos a nossa casa e na qual moramos até hoje, e que carinhosamente chamamos de "Pedacinho de Céu"!

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