Há semanas está sendo divulgada, na imprensa, a vinda do Sumo Pontífice da Igreja Católica, o Papa Francisco, ao Brasil. Um enorme aparato de segurança foi montado e as melhores instalações, comidas e infraestrutura foi montada para receber o até então cardeal Jorge Mário Bergoglio, o 266° Papa da Igreja Católica.
Ele será muito bem vindo, pois é característica do nosso povo receber muito bem as pessoas em todos os lugares. Será? Será que ele só não é muito bem vindo por ser o Papa? Esta mesma receptividade é dada a qualquer pessoa normal, a qualquer ser humano, como o próprio Papa também o é?
A santidade escolhida e determinada para o Papa lhe foi dada por homens comuns numa eleição cujo processo todo mundo já conhece. Não vejo o motivo de uma exagerada santificação de uma pessoa independentemente de ela ser uma boa pessoa ou não. Até a poucos dias ninguém tinha houvido falar de Jorge Mário Bergoglio e hoje é a pessoa mais conhecida do mundo. Como isso aconteceu? Marketing, propaganda, poder, dinheiro? O ser humano precisa se apegar a figuras de referência nas suas vidas e espero, sinceramente, que o Sr. Jorge Mário Bergoglio assim o seja, pois já temos exemplos demais de pessoas que não souberam e não sabem ser verdadeiros líderes. A humanidade caminha a passos largos para um caminho perigoso onde se eleva pessoas normais a status de deuses e tendo falsas referências para suas vidas.
O que é que determina se uma pessoa é mais importante que as outras? Fama? Que fama? Dinheiro? Poder? Que poder? Segundo a própria Biblia, TODOS OS SERES HUMANOS SÃO IGUAIS PERANTE DEUS-Livro de Gálatas.
A igualdade humana não existe! Se assim fosse, não haveria desenvolvimento, nem físico nem espiritual. A igualdade penaliza a intelectualidade e degrada uma sociedade, pois não haveria honra nem fidelidade, muito menos esperança de adquirir conhecimento que é repassado por gerações.
Não existe igualdade quando valores materiais são misturados com fé ou religião. A religião, para ser igualitária, nunca deveria estar misturada a comércio. Jesus, quando se fez homem, conviveu entre seus semelhantes do mesmo modo que qualquer homem comum. Do mesmo modo, quando saía a fazer suas pregações, não tinha esquemas especiais de hospedagem, segurança e estrutura. Quem o seguia assim o fazia apenas e exclusivamente pela fé, mais nada!
As nossas religiões, quase todas elas, infelizmente estão atreladas a ganhos financeiros, independente de qual seja esta religião ou crença. Somente a vinda do Sumo Pontífice Católico ao Brasil custará uma fortuna, fora os comércios paralelos de lembrancinhas e outras desnecessidades. Fé verdadeira não precisa de símbolos ou lembranças materiais, a fé verdadeira simplesmente existe ou não existe e pronto. Conheço muitas pessoas que vão à igreja regularmente e se declaram religiosas e fiéis, mas no dia a dia pouco exercem essa fé. Em contrapartida muitos na sua simplicidade e humildade vivem de verdade suas crenças, ajudando e produzindo ações que são as verdadeiras manifestações de fé e igualdade. Fé não precisa de propaganda nem valores materiais. Se a fé precisa disso para sobreviver não é fé, é comércio, é negócio!
Isso sim que é o bom comércio. Isso verdadeiramente é a religião, a igualdade e a fé. O resto é apenas interesse passageiro.
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