Na noite de ontem, segunda-feira, dia 18 de fevereito, aconteceu no Salão da Capela do São Cristóvão em Barra Velha uma reunião emergencial convocada pela diretora da Escola Estadual David Pedro Espíndola, a Sra. Elisabeth Nunes Barcelos Giuradelli. Esta reunião aconteceu após uma série de acontecimentos ocorridos no estabelecimento escolar situado em Barra Velha. Esses acontecimentos são em relação a manutenção dos espaços físicos do estabelecimento que com o passar dos anos vem se degradando e não tem recebido a devida atenção.
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Diretora Sra. Elisabeth Giuradelli |
Participaram dessa reunião, além da citada Diretora, muitos professores da Escola, o Coordenador da Defesa Civil Sr. Elton Cunha, os vereadores Nivaldo Ramos, Douglas Elias da Costa, Claudionir Arbigaus, Adilson Madruga e, aproximadamente, 300 pais e alunos da Escola David Pedro Espíndola.
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Coordenador da Defesa Civil Elton Cunha |
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Pais e alunos ouvindo as colocações |
A última manutenção, com a colocação de forros plásticos, troca de telhas, troca parcial de fiação elétrica entre outras ações, aconteceu no ano de 2011, após intervenção judicial emergencial. Infelizmente os problemas estruturais de maior gravidade não foram atacados e com isso boa parte dos serviços executados foram perdidos. Desta forma, já desde o ano passado, a Escola tem passado por vistorias técnicas avaliativas que tem sido acompanhadas pela SDR-Secretaria de Desenvolvimento Regional-Joinville, no intuito de verificar quais as necessidades mais prementes a serem sanadas. Como nada de forma concreta foi realizado, já no final de 2012 a Defesa Civil de Barra Velha, após inspeção, havia decidido pela INTERDIÇÃO das instalações físicas do estabelecimento.
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População que compareceu a reunião |
O fato apenas não foi consumado no encerrar do ano letivo de 2012 para não prejudicar os formandos dos últimos anos, que por poucas semanas seriam prejudicados com certa gravidade nas conclusões de seus cursos. A decisão tomada pelo Coordenador da Coordenadoria de Defesa Civil (COMDEC) culminou no início de 2013, após mais visitas e pareceres técnicos negativos, com a decretação de interdição através do Ofício Técnico COMDEC/BV n° 001/2013, datado de 15 de fevereiro de 2013.
Anexo a este ofício foram encaminhados os demais pareceres de inspeção e avaliação do estado de conservação da Escola David, como é conhecido o estabelecimento em nossa cidade.
Nesses pareceres constam as medições, visualizações e fotos dos problemas levantados, que a cada ano tem se avolumado em quantidade e gravidade.
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Mesa das autoridades |
Tornou-se imperativa a interdição para a solução desses graves problemas, entre eles desabamentos de partes de telhados, fiações elétricas expostas e subdimensionadas oferecendo eminente perigo de curto circuito e risco às crianças e funcionários. Janelas caindo, caixa d'água principal com vazamentos e rachaduras, falta de extintores de incêndio, cozinha fora dos padrões da Vigilância Sanitária, falta de acessibilidade e saídas de emergência são outros dos muitos problemas verificados. Essa interdição veio em boa hora, pois recentes acontecimentos nacionais tem despertado a consciência sobre a eventualidade de desastres e a possíveis tragédias. De nada adianta lamentar uma desgraça se é possível evitá-la com segurança, cumprindo as normas e diretrizes técnicas exigidas. O Estado de Santa Catarina tem a obrigação de suprir toda a necessidade no que tange esse problema e tem se ausentado de sua responsabilidade.
O problema pontual da Escola David já é de conhecimento do Governo Estadual e Secretaria Estadual de Educação há muitos anos e a omissão em solucionar os insistentes pedidos da comunidade é flagrante.
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Diretora Elisabeth mostrando os problemas no Power Point |
A cada ano que passa agravam-se os problemas e consequentemente os custos de sua solução e a pergunta que não quer calar é: até quando esse problema estará sendo relegado? Sabedores que esses problemas não são apenas nessa escola, fica outra pergunta: qual é o compromisso do Estado em oferecer um ensino de qualidade ao seu povo? De nada adianta ter professores engajados trabalhando sem um mínimo de segurança, e de crianças e jovens indo a uma escola literalmente sem estrutura e caindo aos pedaços. A responsabilidade é do Estado, cumpre apenas que ele faça a sua parte.
Em tempo, a interdição está decretada por tempo indeterminado, mas foi dado um prazo até o dia 1° de março para o eventual retorno às aulas se houver alguma colocação definitiva por parte do Governo Estadual e eventuais soluções provisórias para que o corpo docente e a escola como um todo não sejam prejudicados.
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